O poeta marginal Paulo Leminski, paranaense de nascimento e do Brasil todo de coração, conquista pela poesia direta e irreverente.
RAZÃO DE SER
Escrevo. E ponto.
Escrevo porque preciso,
preciso porque estou tonto.
Ninguém tem nada com isso.
Escrevo porque amanhece,
e as estrelas lá no céu
lembram letras no papel,
quando o poema me anoitece.
A aranha tece teias
O peixe beija e morde o que vê.
Eu escrevo apenas.
Tem que ter por quê?
Autor: Paulo Leminski
0 comentários:
Postar um comentário